sexta-feira, 10 de setembro de 2010

CINEMATOSO estréia ganhando prêmio de melhor longa metragem



O documentário produzido pela Processo MultiArtes, CINEMATOSO, em sua estréia no Festival Cinema na Floresta, conquistou o prêmio de melhor longa metragem. Confira a matéria de Celso Sabadin, publicada no site do Festival e no Planeta Tela:

Festival Cinema na Floresta

Alta Floresta - “Cinematoso”, longa que documenta a vida e a obra de um cineasta amador da cidade de Paranaguá (PR), conquistou o júri da 4ª edição do ‘Festival Cinema na Floresta ’ com seu bom humor e com a declaração de amor que faz ao Cinema.A premiação foi revelada na noite desta terça-feira, dia 7. Dirigido por Bruno de Oliveira, o longa mostra a trajetória de Cyro Matoso, um homem aposentado que desde 1975 faz das tripas coração para jamais deixar de realizar o que mais lhe faz feliz: filmes. Em Super 8 ou VHS, usando arames e papel machê como cenário, barbantes como efeitos especiais e amigos como atores, os filmes de Matoso já são considerados até ‘patrimônio histórico e cultural’ de Paranaguá. Na cidade, todos o conhecem.

Mais do que simplesmente documentar a obra de Matoso, os produtores do filme tiveram uma ótima ideia: produzir um roteiro do cineasta amador, que seria filmado simultaneamente ao documentário. Assim, enquanto Bruno de Oliveira dirigia “Cinematoso”, o próprio Cyro dirigia seu média “O Tesouro Maldito dos Piratas”, o que acabou resultando num atrativo processo de metalinguagem documental.

Mas para quem não está nem aí com metalinguagens, a boa notícia é que “Cinematoso” é terno e hilariante. Totalmente naif, o cineasta amador desenha ele próprio num caderno as cenas que vai filmar. Pinta quadros para vender e financiar seus filmes com o dinheiro arrecadado. Cria cronogramas de filmagens que jamais serão respeitados, e não raramente seus atores o abandonam por cansaço. Já houve casos em que substituiu um ator no meio das filmagens e ficou tudo por isso mesmo: durante o filme, o mesmo personagem foi vivido por dois atores, sem problema nenhum. Puro Buñuel. Tem mais: Cyro se acha parecido com Charles Bronson. E o pior é que ele é mesmo!.

O produtor Adriano Estrurilho, que representou o filme no Festival, informa que o projeto inteiro custou somente 80 mil reais. Só isso por um filme? Na realidade, pelos dois: com os 80 mil, foram produzidos tanto o “Cinematoso” quanto “O Tesouro Maldito dos Piratas”, que no final de todo o processo foi exibido na Cinemateca de Curitiba com honras de pré-estreia. Este é o primeiro Festival que “Cinematoso” participa.

Fonte: Celso Sabadin – Planeta Tela

Veja o Trailer:  Cinematoso

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